é que quando menos espero posso ver - ao longe - um caminho incerto, mas caminho.
e é de se pensar que passos nunca são certos, errados ou mudos.
minha vista, tantas vezes falha, me fala: é luz. mas só no fim do tunel.
eu nem ligo, da escuridão até gosto..dos olhos enganados, da vista turva, da mão no chão tentando achar rumo.
mas é só quando o corpo todo ruma é que tem graça. o corpo mergulha, abraça e no fim disfarça (mas vergonha não sente).
gosto que o corpo nem seu pode ser. não tem controle nem parada. é estrada dessas sem fim.
corpo doido mergulha e salta e volta em mim.