explode por dentro, primeiro.
o corpo não contém, transborda. sem bordas fica o corpo.
vaza.
não cabe nas horas do dia, nas respirações ou no meditar de fim de tarde.
quando se mergulha o corpo, ele não cabe.
não cabe em si. em mim. em você. ou nele.
não cabe na nossa varanda, na minha cama ou na areia da praia.
nem na insônia que assola noites como essa.
fica sem lugar.
só tem lugar o que nele cabe. se não cabe, não tem.
se não tem. vai embora. se deixa partir a parte que sobra. ou se engole. bota pra dentro. empapuça o coração.
"vive y deja morrir"
exercício do amor im-próprio.
seguindo.
o corpo não contém, transborda. sem bordas fica o corpo.
vaza.
não cabe nas horas do dia, nas respirações ou no meditar de fim de tarde.
quando se mergulha o corpo, ele não cabe.
não cabe em si. em mim. em você. ou nele.
não cabe na nossa varanda, na minha cama ou na areia da praia.
nem na insônia que assola noites como essa.
fica sem lugar.
só tem lugar o que nele cabe. se não cabe, não tem.
se não tem. vai embora. se deixa partir a parte que sobra. ou se engole. bota pra dentro. empapuça o coração.
"vive y deja morrir"
exercício do amor im-próprio.
seguindo.
dos devires: devir-pássaro
das dores das asas que nascem, dos movimentos, da falta de lugar.
quando é que pássaro decide fazer ninho?
fecunda sementes, planta árvores....levanta vôo.
não terá saudade das árvores o passarinho?
deve haver grande dor em ser pássaro. deve? há.
afirmo.
quando é que pássaro decide fazer ninho?
fecunda sementes, planta árvores....levanta vôo.
não terá saudade das árvores o passarinho?
deve haver grande dor em ser pássaro. deve? há.
afirmo.
cidade loba
suas veias cinzas palpitam, seu corpo forte trepida.
caminhar por suas ruas é o desafio. entender a lógica. a falta dela.
respirar seu ar envenenado.
o corpo frágil não enfrenta, corrói, desilude, chora.
tem que ser tarzan para viver na selva.
saber quais são as copas seguras, os solos onde se pode pisar.
tem que ser treinador de bicho selvagem.
a cidade, ela é arredia.
mas gosta de ser conquistada.
e quando a inesperada conquista acontece, ela desabrocha feito flor em primavera.
sai da toca feito loba em noite de lua cheia.
se derrete, se entrega.....uiva.
caminhar por suas ruas é o desafio. entender a lógica. a falta dela.
respirar seu ar envenenado.
o corpo frágil não enfrenta, corrói, desilude, chora.
tem que ser tarzan para viver na selva.
saber quais são as copas seguras, os solos onde se pode pisar.
tem que ser treinador de bicho selvagem.
a cidade, ela é arredia.
mas gosta de ser conquistada.
e quando a inesperada conquista acontece, ela desabrocha feito flor em primavera.
sai da toca feito loba em noite de lua cheia.
se derrete, se entrega.....uiva.
há tanto ainda por vir. porvir de devir. o que vai virar? o que posso ser? o que pode ser?
a parede de vidro se quebrou. os cacos enchem meus olhos de lágrimas, ferem meu coração, fincam-se sobre minhas memórias.
ser virtual é ser?
o que é real, se existe no virtual. no virtual acaba, no real ainda pode existir.
é sempre a mesma história de saudade, de distância, de esperança.
quantos quilômetros podem existir entre os abraços?
sem fim.
a parede de vidro se quebrou. os cacos enchem meus olhos de lágrimas, ferem meu coração, fincam-se sobre minhas memórias.
ser virtual é ser?
o que é real, se existe no virtual. no virtual acaba, no real ainda pode existir.
é sempre a mesma história de saudade, de distância, de esperança.
quantos quilômetros podem existir entre os abraços?
sem fim.
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