costurar é um exercício de ser gente.
veja bem, você está fazendo a última costura daquela roupa complicada, termina, tira a peça da máquina com alegria e quando vai checar o trabalho feito, percebe que a linha da bobina acabou no meio da costura.
é.
ai você para.
respira fundo e vai encher a dita cuja pra terminar aquele restinho de costura.
restinho de amor. restinho de ninho. restinho de sonho. restinho de saudade. restinho de alegria. restinho de tristeza. sempre sobra algum fiozinho pra arrematar. dá o nó.
negócio é que nesse deserto caipira quando vem tempestade, vento destelha as casas. chove, inunda tudo.
e é assim por alguns dias. até que volta a ser deserto.
o ar parado, o calor, a sequidão. mas continua tudo bonito.
o verde ainda é verde. os pássaros alaranjados.
é a calmaria mais linda de se ver.
eis que começo a pensar que tudo faz sentido.
há deserto em mim.
e quando bate a ventania, destelho e procuro rumo com o vento.
agora, olhando assim de perto esse meu deserto tempestivo, me parece, assim de leve, que vem chegando a calmaria.
benzadeus! já escuto a viola caipira.
e é assim por alguns dias. até que volta a ser deserto.
o ar parado, o calor, a sequidão. mas continua tudo bonito.
o verde ainda é verde. os pássaros alaranjados.
é a calmaria mais linda de se ver.
eis que começo a pensar que tudo faz sentido.
há deserto em mim.
e quando bate a ventania, destelho e procuro rumo com o vento.
agora, olhando assim de perto esse meu deserto tempestivo, me parece, assim de leve, que vem chegando a calmaria.
benzadeus! já escuto a viola caipira.
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