Aquelas mãos quentes e fortes me levando de um lado ao outro na ansiosidade nfantil de mostrar o mundo como se fosse para um cego que ganhou de volta a visão me cansavam. Me atordoavam suas palavras loucas e meu silêncio era pura incompreensão passageira. Faziam apenas alguns minutos que eu havia voltado. E tanta mundança houve, que a vertigem já era prevista.
Quando abri os olhos naquela manhã, vi aquele rosto me guardando e aguardando esperançosamente meu retorno. "Eu voltei", queria dizer. Mas tanto tempo sem dizer sequer uma palavra impossibilitou meu desejo. Tentei imprimir um gesto, acariciar seus dedos que seguravam os meus, mas as mãos não obedeciam.
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