Equilibro meu corpo sobre uma linha fina, pendurada bem alto entre dois prédios. meus pés se esforçam para que a falta de estabilidade não os faça perder a linha.
de um lado vejo pessoas chegando. do outro, vão indo.
e eu caminho sobre essa linha fina. me equilibro, tento ser mais leve. não quero que a linha se arrebente.
do lado dos que vão embora vejo sombras levando mochilas pesadas, mas muito fáceis de carregar. do lado dos que chegam, tem sorriso, abraço e alegria por ainda ter muito tempo pra encher a bagagem vazia.

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